Esse é o título da peça para soprano e conjunto de percussão que tenho anunciado por aí que estou começando a compor. Frágil.
Nesse link tem uma explicação bem detalhada do processo de planejamento da peça. Quem se interessar em saber o que tenho feito, lido e pensado sobre composição, vale a pena dar uma olhada no post. É válido, também aos interessados, dar uma olhada geral no blog TOPO/BASE, escrito pelos estudantes dos seminários em composição e estudos especiais ministrados pelo Prof. Dr. Paulo Costa Lima, que media e norteia toda a discussão. Sim, é por causa desse seminário “frita-côco” que não bêbo e fico enchendo o saco pra acabar o samba mais cedo na quinta… tenho que estar no Canela às 9 da manhã de sexta!
Pra todos os que não quiserem ir lá, fica aqui o texto que escrevi pra essa peça.
Frágil.
Mais que só na etiqueta,
no adesivo colado
na testa.
–
Mais que um rótulo.
Frágil,
mais que só
na caixa.
Mais que de louça.
–
Mais que uma flor
de jasmim.
Que qualquer pétala
de qualquer cor.
Mais que a linha do Equador.
–
Delicado.
Mais que qualquer
Equilíbrio.
Que qualquer
pindaíba.
Seja essa
qual essa seja.
–
Mais que qualquer barraco
no alto de qualquer
buraco.
Que qualquer balsa,
qualquer alça
ou qualquer taça.
–
Mais que delicado.
Mais que trêmulo
ou quebradiço.
Mais que frágil,
volátil ou fronteiriço.