Natal é uma coisa que não me toca muito. Quando ele vem chegando percebo que o fim está próximo. Isso, o fim do ano. Alguém pensou outra coisa? Fim de ano é o fim de um ciclo e duas coisas me vem sempre na cabeça.
A primeira coisa é agradecer. Não importa se foi bom ou ruim. Agradeço. Também não sei a quem, ou em que acredito. Acho até que, como a maioria das pessoas que se dedicam ao pensamento e ao humano, acreditar em outra coisa é muito difícil. Mas agradeço. Principalmente pela oportunidade de aprender. Com tudo que passe pela minha frente. Me interesso se aprender algo. Sou viciado nisso. E acho até que os piores anos são os que mais aprendemos, esses são os que mais precisam ser agradecidos. Mas esse ano tenho muito a agradecer. Foi um ano ótimo, apesar do assalto no dia 29 de Janeiro. Fiz muita coisa em todos os setores que trabalho com música. Compus, produzí, gravei e fui gravado, toquei muito (quase que só pandeiro, mas também vale,né?) e trabalhei bastante “politicamente” também. Por tudo isso vou agradecer a algumas pessoas que tornaram meu ano, e consequentemente minha vida, melhor (vou esquecer gente, mas vou completando…): Vado e Branca sempre; Érica, família e amigos; Bertissolo e Lia; Rios; Calabresa, Evers e família; Zauazas, Negrito e familias; Leopardo e Julieta; Kaliuris, Kauá, Monstrinho, Dú, Lazinho, Menos Um, Maira Lins, Pat Costtttttta, Meury, Meotinha da Bahia, Klebão; EMUS, PPGMUS, OCA, GNU, GENOS, Baguinha e o Grupo de percussão da UFBA; Bordini e PC Lima (me fizeram os maiores elogios desse ano (e não só por isso…), trabalhei muito pra isso); Angel, Amorinha, Da Silva; Chico Pinto (pelo apoio no dia do assalto); à galera do twitter e facebook; e mais um monte de gente ligada a essas pessoas e essas instituições: Obrigado!
Outra coisa é: O que podemos fazer para que nossas vidas, como moradores de uma cidade, estado, país e acima de tudo como seres humanos, seja melhor como um todo? Acho que pensar coletivamente é a solução. Pensar mais em quem tem menos. Como fazer para que todas as pessoas possam ter igualdade de oportunidades um dia? Isso resolveria grande parte das mazelas que vivemos atualmente (fome, violência, ignorância). Um capitalismo menos feroz, que não vise apenas o lucro e o acúmulo de riqueza indiscriminado, mas preocupado também com o bem-estar coletivo, seria uma ajuda. Mas nada disso sem passar primordialmente por uma educação melhor, em todos os níveis mas principalmente no básico, vai funcionar. Isso, pensando num nível mais local e com um plano a longo prazo, e mais além de cotas raciais ou econômicas, pra que nossos netos possam ver essas mudanças um dia. Já passou da hora. Talvez devessemos pensar numa agenda supra-partidária, organizada pela sociedade civil, visando os interesses do país acima de de qualquer interesse de grupinhos. Quem quiser governar tem que correr atrás dessas metas independente de qualquer coisa. Nesse país, quase impossível, né? Mas quem quiser tentar comigo, esse cara já deu uma alinhavada nisso.
Num plano maior, do planeta, devemos pensar em como nós estamos utilizando os recursos naturais, a energia, o papel, que fim estamos dando ao nosso lixo, como estamos consumindo (provavelmente mais do que precisamos…). Nosso planeta está mudando muito rápido… talvez seja irreversível e faça parte de um dos grandes ciclos do congela e descongela do planeta, mas talvez não e, como formiguinhas, quiça possamos fazer nossa parte.
Tô bem romântico, né? Talvez seja o Natal…
Feliz 2011, com muita paz, saúde e trabalho.
(Vou precisar dos dois primeiros pra conseguir completar os objetivos do próximo ano. Tem pelo menos um festival grande pra coordenar e uma tese pra escrever, finalizando um ciclo de 6 anos, espero que com sucesso!)
ps.: os vídeos abaixo são uma cortesia achada por Luciano Carôso, a quem lembro de agradecer agora (não só por isso), hehehe!
Seu blog é uma merda.
Você é gay?
Hahahahaha!